Algumas pedaleiras o possuem e até pedais como o Sansamp GT2 e "derivados", mas porque o som fica "ardido" quando ligado em linha? O que o cabsim faz? Quando usa-los? Porque eu deveria ter um? São perguntas que serão respondidas nesse artigo.
Sobre falantes e caixas:
Se speakers fossem dispositivos lineares você estaria vendo uma linha reta, mas a maior parte começa a linearizar por volta de 100 Hz, tem um pico de ressonância em uma frequência específica (aqui entre os 2 e 4Khz tem alguns) e perde a eficiência depois disso, todas essas informações são observáveis nesse gráfico de análise de 2 falantes da Celestion que ainda são os preferidos de muitos guitarristas por ai desde a época áurea onde habitavam gabinetes 4X12" da Marshall.
Alias, gabinetes também contribuem para a curva de resposta, o mesmo autofalante vai soar notavelmente diferente em uma caixa 1X12" ou uma 4X12", outros fatores como a caixa ter o fundo aberto, dutado ou fechado, o volume (espaço interno) e outras variáveis servem para definir como vai soar o conjunto.
A direita temos a curva de resposta de vários falantes clássicos montados em stacks 4X12" e apesar das nuances eles começam e param de responder em pontos parecidos.
Vantagens:
A combinação Fullstack + Shure SM57 nem sempre está disponível nos locais de show e mesmo que você tenha um amp excelente, não vai ajudar se o técnico de som aparecer com um microfone de ruim e posicionar ele na madeira entre os 2 falantes (juro que já fizeram isso comigo, e foram duas vezes). Nessas horas é excelente poder contar com um cabsim, você pega o sinal do amp, manda pra ele tratar e envia direto pra mesa com um pedido de "deixa flat" pro técnico. Também é uma escolha excelente pra gravar aquele último trecho da sua música em casa quando pinta a inspiração as duas horas da manhã, aquele seu valvulado de 200W com 2 caixas monstrengas pode ter um som incrível, mas se você liga-lo esse horário certamente terá problemas.
Fatores de design:
Vários fatores são levados em consideração, mas podemos citar 2 principais:
- Como qual caixa eu quero que ele soe?
Há um leque imenso de possibilidades dependendo da caixa e do autofalante usado e se for simular a microfonação também há de se levar em conta o tipo de microfone e o posicionamento do mesmo; O ângulo, distancia e posicionamento em relação ao cone do autofalante fazem toda a diferença e alguns equipamentos até vem com chaves de seleção para simulações de diferentes modelos.
- Com quanta precisão quero/posso recriar esse som?
Quando você lida com cabsims digitais você precisa de algoritmos mais complexos e mais poder de processamento à medida que vai adicionando filtros para "esculpir" o sinal com todos os picos e vales que ele apresenta no gráfico original, em cabsims analógicos isso significa mais estágios no circuito. Há de se encontrar o balanço, o ponto ideal de "custo-benefício" onde ele soe bem mas não custe uma fortuna para não torna-lo comercialmente difícil de vender para o público comum.
Termino esse artigo com alguns designs comerciais e suas curvas de resposta, primeiro da saída de gravação de um preamp em rack (E530) e depois de cabsims reais:
ENGL E530 Preamp (Rec-Out) | |
Hughes and Kettner RedBox |
Behringer Ultra-G |
TAD F.A.N.T.A. |
Palmer PDI-09 |
Depende do tipo de mic ele soa melhor colocado na madeira (bi-polar/figura 8, como um AKG 414b), ou um de fita (meio improvável pelo custo/fragilidade) ou um condenser (improvável pelo tipo).E o lance de "deixa flat", vai muito do resto... Um guitarrista com som grave, e um baixo de 4 cordas fuuuuuuuuuuuuuuuuuuu. Sou partidário que quem manja de mix é o técnico, ele é o responsável disso. Cabe ao músico tocar.
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